Lá, aonde o Peão se refestelava no deserto, eu vi que caiu alguma coisa. Nem procurei saber o que era, deixo as coisas caírem quando querem cair, deixo elas morrerem, como a pomba que se suicidou contra o vidro do prédio enquanto eu estava atravessando a rua. Deixo as coisas irem, e fui junto com a água pro ralo de qualquer dimensão que esclareça melhor os fatos. E aqui, aonde ninguém me vê, eu te vejo, meu bem. Esta visão privilegiada que conquistei com tão pouco oxigênio. Cabelo, espinhas, dedão machucado, posso ver tudo agora. Me sinto bem melhor, e posso dormir, finalmente vencer a insonia que veio junto com a ansiedade da trompa mal configurada.

Um comentário:
Aqui, aonde eu estou, meu bem, eu te espero...
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