sexta-feira, 26 de setembro de 2008

À vossa alteza...

Sentir vontade de escrever, representar, dizer...

Para que simbolizar tudo assim?



E eu fui.

Mas não demora muito, tudo muda. Vai te esquecer de tudo, vai abrir a porta e vai deixar entrar um novo metabolismo, e vai te viciar e vai amar bioquimicamente de novo.

O amor nunca foi refúgio e nem consolo, foi sempre terreno baldio, incerto.

De todas as coisas que hão de ficar nesses capítulos de livro sem capas desenhadas (como prometido), minha aurora borealis vai amanhecer todos os dias e vai te dizer "uma última valsa pra valer a pena" e tu vai dançar e vai curtir a sinfonia que ressona em nossos martelos doloridos e cansados de tantas asperezas nas guturações matinais.

E as folhas vão continuar passeando por aí, te procurando... e as estrelas vão continuar fazendo teus olhos brilhar e nosso céu vai ser anatomizado e escarneado e por fim contemplado como fizemos naquela noite de capuz verde atrás da cozinha.


E tu, príncipe da vitrolinha retrô... tens como prêmio no fim da batalha este coração esburacado e torto e maltrapilho. Tens por fim quadris que vão contornar todas as curvas dessa estrada de santos e pagões vis e cabelos que vão cobrir nossas palavras nômades... Tens, meu gentil cavalheiro, nova armadura e nova espada, nova mulher em novo brasão com novos sonhos e novo violão.

Um comentário:

Henrique V disse...

Uia!

Fiquei sem o que te dizer... só que humildemnte aceito meu prêmio e espero cuidá-lo da melhor maneira possível, minha querida dama.

Ah: alteza, hein? :P